Inferno astral: Por ordem, plano de saúde dos servidores da FIEP é suspenso e Conselheiro Fiscal pede demissão

Não é de hoje que o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), Buega Gadelha, vem atravessando uma espécie de inferno astral que segue por um longo período marcado por denúncias, investigações e pedidos (do Ministério Público) do seu afastamento da presidência da instituição.

Não bastasse, dois episódios recentes consolidaram esse período conturbado de Buega Gadelha á frente da FIEP. Na última terça-feira, 27 os servidores foram surpreendidos ao tomarem conhecimento da suspensão do Plano de Saúde, de acordo com relatos, por falta de pagamento. O fato levou a um indignação generalizada da categoria que não economizou nas pressões para que a instituição reestabelecesse a prestação de serviço na área de saúde de fato e de direito.

A indignação dos servidores se transformou em pouco tempo numa revolta que culminou, segundo as informações, na contratação, em breve, de um escritório de advocacia especialista na área trabalhista para que outros direitos adqueridos ao longo dos anos não sejam extinguidos.

Acuado e sem uma justificativa plausível, o presidente Buega Gadelha cedeu a pressão e o plano de saúde retornou aos servidores.

Pedido de demissão

Numa outra investida, alegando a repercussão proveniente dos “indícios de dilapidação do patrimônio sindical apontados por membros do Conselho de Representantes”, o conselheiro fiscal da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), Alberto Pires Ferreira, decidiu entregar o cargo.

A mensagem de renúncia “irrevogável” e “irretratável” foi encaminhada ao presidente da Fiep, Buega Gadelha, e registrada em cartório na cidade de Cajazeiras, sertão paraibano. O Blog Pleno Poder tentou localizar Buega Gadelha, porém não obteve sucesso.

Denúncias reforçam pedido de demissão

As denúncias sobre a má gestão dos recursos da Federação, aliás, há muito tempo ultrapassaram os limites e muros da entidade. Somente na Justiça há três em andamento protocoladas pelo Gaeco.

Elas apuram superfaturamentos e supostos desvios em obras do Sistema S na Paraíba, contratadas a empresas ligadas a dirigentes das entidades. Buega e outros dirigentes são réus nessas ações penais.

Os processos, inclusive, já embasaram uma decisão na Justiça do Trabalho que determinou o afastamento de Buega Gadelha do comando da instituição. Uma outra decisão, do desembargador Paulo Maia Filho, manteve Gadelha na cadeira da Presidência.

Agora, após um parecer favorável pelo afastamento do Ministério Público do Trabalho (MPT), a ação será analisada pelo Pleno do TRT.

Fonte Jornal da Paraíba e Bomba Paraíba

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Jucélio Almeida

Jucélio Almeida