O ex-policial militar Élcio de Queiroz firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), fornecendo informações detalhadas sobre o atentado que vitimou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A informação foi confirmada hoje pelo ministro Flávio Dino, em coletiva.
Desde 2019, Élcio se encontra detido, juntamente com seu amigo, o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ambos aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri, que ainda não tem data marcada.
Era o motorista
Durante o depoimento, que já foi homologado pela Justiça, Élcio confessou que foi o motorista do veículo Cobalt prata utilizado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa, que já se encontra preso, efetuou os disparos com uma submetralhadora contra Marielle. Além disso, Élcio revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também participou do plano, realizando vigilância sobre a vereadora e inicialmente fazendo parte da emboscada, mas acabou sendo substituído por Élcio.
Nesta segunda-feira, Suel foi preso na primeira fase da Operação Élpis, que investiga os homicídios ocorridos em março de 2018 e busca esclarecer os detalhes desse crime que chocou o país. A delação de Élcio pode ser um importante passo para a elucidação completa do caso e o esclarecimento das circunstâncias que envolveram a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
