A polarização da política vai interferir na campanha de prefeito de Sousa em 2024?

A polarização política que tomou conta do país antes e com mais veemência durante o processo eleitoral para presidente ano passado vai alcançar as eleções municipais de 2024? A pergunta tende a provocar um debate em especial direcionada à cidade de Sousa por um detalhes a mais. As declarações constantes do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PSB) sobre o assunto.

Na última coletiva, sexta-feira, 28, Tyrone voltou a mencionar que ele na campanha eleitoral de 2022 votou em João Azevêdo e no presidente Lula: “Eu deixo muito claro minhas convicções para evitar dúvidas. Votei em João Azevêdo e no presidente Lula”. E provocou: “Não sou político que de público dá demonstrações que vota em um candidato e dentro de casa, no carro, entre quatro paredes, apoia outro candidato”.

As declarações de Tyrone seriam um aviso, um norte, para a interferência da polarização política também na escolha para o próximo prefeito de Sousa? Por enquanto é uma pergunta que se responde com outra. Ou outras.

Prefeito Fábio Tyrone em coletiva na última sexta-feira, 28

A campanha para presidente da Repúbica de 2022 não deixou margens à dúvida quanto ao voto do eleitor, principalmente, a cerca do apoio a Lula e ao então presidente Jair Bolsonaro. Tanto o voto quanto a militância se fizeram declaradas diante um comportamento jamais visto em si tratando de uma eleição para presidente do país. Na ocasião, não houve margens para dúvidas. Se a dicussão sobre quem seria melhor para o país esteve na praça, no campo, em meio as famílias e até nas igrejas, seria diferente em 2024 no processo eleitoral para prefeito?

Com a chegada de Lula à presidência a polarização não foi exterminada. É fato. Como também são as intensões declaradas de Bolsonaro de se transformar na maior liderança de oposição ao atual Governo a partir da ideia de antecipar as eleições de 2026 colocando na pauta das discussões o nome da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro à condição de pré-candidata a presidente. Ou seja, o jogo continua.

Mas, a queda de braço entre Lula e Bolsonaro vai alcançar os palanques municipais a ponto de ser decisiva no voto do eleitor mais uma vez? Tudo leva a crer que sim e, quiça, seja nisso que o prefeito de Sousa aposta considerando que Sousa, assim como o Nordeste, foi e tende a continuar o maior reduto eleitoral de Lula. (Segundo turno Lula foi majoritário em Sousa com uma diferença de mais de 16 mil votos).

Então, o que esperar do eleitor sousense nas próximas eleições. Vai assimilar que são outros tempos, ainda que pese a presença contundente dos principais atores da política nacional (Lula e Bolsonaro)? Vai lembrar com quem esteve o candidato a prefeito. Se com Lula ou Bolsonaro? Até uma resposta, ou até o abrir das urnas, vai aqui uma recomendação aos futuros postulantes à Prefeitura de Sousa em 2024. Levem em consideração os fatos. Afinal, Lula e Bolsonaro continuam vivos. Ambos, precisam de redutos para as eleções de 2026. A diferença, é que apenas alternaram as posições.

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Jucélio Almeida

Jucélio Almeida