Vem ai o Viagra Eletrônico: Você aperta o botão e tudo resolvido

Não conseguir ter uma ereção na hora H é mais comum do que se imagina: estima-se que 150 milhões de homens no mundo passem por isso durante a relação sexualUm novo dispositivo, criado por um brasileiro e atualmente em fase de testes, promete acabar com o problema da disfunção erétil apenas com o acionamento por controle remoto. 

O chamado CaverSTIM, o “viagra eletrônico”, funciona como se fosse um marcapasso e é um neurotransmissor em que os eletrodos são implantados por meio de cirurgia na região pélvica. Ao ser acionado o controle remoto, o estimulador entrega estímulos nos nervos que causam a ereção.

Atualmente, o tratamento mais comum para disfunção erétil é o uso do citrato de sildenafila ou a tadalafila, conhecidos comercialmente como Viagra e Cialis, respectivamente. Para se ter uma ideia, em 2023, o serviço de saúde britânico distribuiu mais de quatro milhões de medicamentos para disfunção erétil, um número recorde.

Em 30% não funciona

O problema é que, em 30% dos casos, os homens não respondem ao remédio e são necessários outros métodos, mais invasivos, e que expõem o paciente na hora do sexo: a injeção peniana e a prótese.

Rodrigo começou a pesquisar a disfunção erétil há mais de dez anos. Nesse tempo, mudou-se para a Suíça e uniu-se a um outro pesquisador, Nikos Stergiopulos, para desenvolver um dispositivo que pudesse ajudar quem sofre com a doença. Assim, criaram o CaverSTIM.

Aparelho denominado Viagra Eletrônico

Como vai funcionar?

O dispositivo está sendo testado em pacientes que tiveram câncer e precisaram retirar a próstata – o que pode causar a disfunção erétil. No entanto, no futuro, o CaverSTIM poderá ser usado por pessoas com disfunção erétil e pacientes com lesão medular.

Para pessoas que retiraram a próstata

No caso da cirurgia para a retirada da próstata, os nervos da região acabam sendo afetados de uma forma que não conseguem mais captar os estímulos. O dispositivo evita que isso aconteça.

O “viagra eletrônico” é implantado no momento da cirurgia de próstata e funciona internamente, sem nada aparente. Ele vem com um controle remoto que, quando ativado, inicia o processo de estímulo.

No caso da cirurgia, o controle só é usado durante a fase de terapia dos nervos como uma reabilitação, por tempo determinado pelo médico. Ou seja, não é para sempre.

Os testes iniciais já mostram que os pacientes reabilitados com a terapia voltaram a ter ereção normalmente após a retirada da próstata e não precisam mais usar o controle.

Com Globo.com

Compartilhar:
Jucélio Almeida

Jucélio Almeida